terça-feira, julho 27, 2010

Fogueira


Respirei fundo e abri uma das torres escuras da alma.
Liberei uma certa poesia dolorida que vivia enjaulada e encolhida, guardando meus desejos e anseios. Soltei o verbo, a voz, o grito.
Decidi enfrentar o que tanto dói e alegra e me devolve pra vida.

Fazia tempo que as margens do certo e do errado não pareciam tão embaçadas.

Melhor sofrer por tentar e errar?
Ou consigo depois encarar essa incerteza de nem sequer saber como seria a doçura dessa tentação?

Enquanto decido, meus demônios acordaram.
Estão lá fora ao luar, pulando e dançando alucinados em torno do pedacinho roubado do meu coração, espetado e queimando na fogueira das minhas próprias paixões.

Agora a dúvida que mais arde: se vou em frente e deixo pra trás esse pedaço tão chamuscado... Ou se nele enfio de vez os dentes.



(Não tenho o crédito da imagem!! Se alguém souber, por favor, informe...)

Um comentário:

Bianca disse...

Oi adorei seu blog,e esse poema, legal adorei!!!