quarta-feira, novembro 20, 2013

Dia da consciência - seja da cor que for

Momento desabafo, porque pra mim seria melhor ter um dia da consciência coletiva, em vez de consciência negra (ou de qq outra cor).
Aí eu ouço dazamigas professoras primárias que elas são forçadas a deixar passar de ano crianças que vão às aulas mas não aprenderam o conteúdo programático.
Sim, forçadas, não pode reprovar, ainda que as crianças não tenham entendido lhufas.
Aí essas crianças chegam ao 2º grau sem lerem direito, sem compreender o conteúdo do que leram, sem conhecer o básico.
Aí aquela criança que "estudou" desse jeito empurrado pelo estado (em minúscula porque é vergonhoso deixar passar só pra melhorar a meta pra se mostrar pros gringos das nações unidas), vai usar as tais cotas pra entrar em uma faculdade.
E aí ela chega sem conhecimento, sem base, sem conseguir ler e sem entender direito o que os professores falam (tenho amiga minha professora universitária que já contou que vários alunos sequer conhecem coisa que deveria ser apresentada na 9º série).
Sério, como vocês imaginam que será esse profissional?
Como que a pessoa vai conseguir entrar e, mais importante, se manter no mercado de trabalho? Até então o estado esteve praticamente acobertando a falta de preparo da pessoa.
Na hora do "vamuvêqualéqueé", de encarar a concorrência e provar que sabe fazer melhor que eles, não vai ter estado nem psicóloga do estado pra passar a mão na cabeça se você errar. Não vai ter papai ou mamãe exigindo para a professora trocar a nota - não tem mais professora, lembra?
Mercado não perdoa.
Chefe precisa de resultado, cliente quer resultado.
E a pessoa, que até então esteve recebendo uma educação falha, de repente não consegue se manter na concorrência imensa da selva que o mercado é.
Não é novidade alguma que os gringos que já têm um tempo de Brasil comentam que um dos maiores problemas é a mão de obra, porque ela não está preparada.
O povo não quer saber de estudar, se esforçar, afinal, é mais fácil receber trocentas bolsas e incentivos concedidos pelos impostos pagos pelos outros...
Melhor pegar a graninha concedida pelo estado e colocar unhas postiças (sim, uma amiga contou por aqui que viu a unha postiça ser paga com o cartão do bolsa família).

É por causa disso que eu sou contra bolsas famílias, bolsas em geral e cotas em universidade.
Se a pessoa não passou no vestibular, é porque não está preparada e ponto.
Precisa estudar mais, sim. Deixa que entre aquele se mostrou mais preparado, que tirou nota mais alta.
É fato notório que entrar na faculdade é o mais fácil: difícil mesmo é sair formado da faculdade. E mais difícil ainda é conseguir sucesso lá fora.

Acho que tá faltando é espinha nesse povo.
Espinha pra estudar, pra se esforçar, pra não aceitar a migalha.
Sim, merecemos mais, mas pra receber tem que se esforçar.
Enquanto o povo ficar nesse lenga-lenga de aceitar a educação como está, a saúde, a corrupção, a propina, continuaremos sendo paizéco de terceiro mundinho (sim, é o que somos).
E é uma pena perceber que a situação não vai mudar tão cedo não... :-(