segunda-feira, março 20, 2006

Depois do acidente, na aula de yoga...

Ainda teve um complemento dessa história do carro. Na quinta, lá pelas 7:30 da noite (um pouco depois do acidente), liguei pro Eric pra ver se ele me dava carona pra voltar da Yoga. Foi quando ele me contou que o carro tinha entrado na loja, que ninguém se machucou, que não precisava que eu fosse pra lá. Então, se eu tava dispensada, fui pra yoga. Quando cheguei, a professora nem acreditou que eu tava lá.

"Cê soube das novidades?"

"Quais delas?" - respondi, pensando em mil coisas, inclusive no acidente, no Lula que viria na sexta pra Itajaí, etc.

"Ah, as novidades..." - e ela com aquela cara de que não era coisa boa.

"Já sei, deve ser o tal carro que entrou na minha loja, é isso?"

Entrei na sala e, com calma, expliquei que ninguém se machucou, que pra isso se paga seguro, que já tinha gente cuidando das coisas. A Márcia ainda virou pra sala dizendo: "Isso que é postura yogue! Olha só a tranqüilidade..."

Ainda teve gente que me olhava sem acreditar. Bola pra frente, povo, o que importa é que tá todo mundo bem, foram só coisas materiais e o susto... :-)

Olha quem veio nos visitar...

Aqui o calor anda insuportável, a temperatura fica na casa dos 29, 30 graus, umidade a uns 80% pra mais e sensação térmica de 35 graus. Saunas parecem mais agradáveis, já que você passa calor por vontade própria (o que não é o caso aqui!).

Parece que, na quinta feira, esse calor todo derreteu alguns cérebros. Especialmente das loiras, já que uma delas conseguiu entrar com um conversível na loja do Eric aqui em Itajaí! Tirando 3 pontos na própria loira (que poderia ter morrido na brincadeira, se o vidro de cima da porta da loja tivesse caído sobre ela), ninguém se feriu, só quebrou uma lateral e os dois vidros da porta de entrada. Sim, a concessionária vai arcar com os gastos. Sim, deu uma dó imensa de saber que o banco de couro e a frente do carro ficaram danificados. E mais dó ainda por saber que era só a loira puxar o freio de mão e nada disso teria acontecido! Era o carro que estava em exibição na entrada do shopping, em frente à loja. Ela precisava subir a capota, então em vez de virar a chave na ignição pra isso, sem ligar o motor, ela deu partida no carro, que tava engatado e andou devagarinho na direção das portas de vidro... Teve gente que achou que era pegadinha. E ainda paramos na capa dos dois jornais da cidade.


Eita visita esquisita, né não? Tou dispensando outras do gênero...

Single-minded to the point of recklessness

Essa é uma frase do filme 'Sisterhood of the travelling paints'. Ok, é um filme pra adolescente, eu sei, mas minha criança interior adorou! A frase é perfeita para a minha teimosia. Ou persistência. Ou ainda obstinação. Qualquer que seja o nome para esse 'continuum' que me leva adiante. A tradução é "Obstinada a ponto da imprudência".

Dia desses, minha querida professora de Yoga, a Márcia, estava passando alguns exercícios de equilíbrio. Bem, o meu equilíbrio nunca foi lá aquelas coisas, vivo me batendo em mesa (mancha roxa é uma constante). Ainda assim, quando me concentro, consigo me manter equilibrada por um tempo bem razoável. Foi quando comecei a perceber melhor as vantagens da obstinação: Ela concentra a energia na realização do desejo, focaliza a mente, o que facilita a realização. É ela quem me ajuda a terminar os trabalhos nos prazos, a fazer meus patchworks, a conseguir pintar as tais folhinhas das rosas que tanto me fazem penar na pintura country (e olha que já melhorou).

Quantas vezes as pessoas desistem simplesmente por não acreditar que podem fazer aquilo? Seja o que for? Falta de força de vontade? Pode ser. Então, fortaleça seus desejos. Escolha-os bem, afinal os Deuses se divertem atendendo àquilo que pedimos. Mas vá atrás, faça, aconteça.

Como diria o Johnny Walker... Keep walking!